TV VIVER BOM RETIRO: FAEMA redobra atenção com o meio ambiente e a ocupação das encostas do bairro

Maior cinturão verde da região central de Blumenau, o Bom Retiro sempre despertou o interesse do setor imobiliário. O risco de ocupação de nossas encostas trás o medo de deslizamentos. Algo cíclico no bairro. Uma dessas áreas será ocupada em breve, dando lugar a uma área de lazer de um condomínio e outra está em estudo para ser ocupada por um loteamento de alto padrão, num topo de morro e ampla vegetação.

Esse temor é compartilhado pelos órgãos ambientais. A TV VIVER BOM RETIRO ouviu Eder Boron, presidente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FAEMA) para saber como a entidade pode nos auxiliar no processo de preservação dessas encostas e minimizando os impactos causados pelo surgimento de novas edificações.

Na análise de Boron, o Bom Retiro tem uma característica muito própria. Embora seja um bairro urbanizado, servido como ligação entre a Velha e a região Central e vice-versa, é muito rico nos aspectos ambientais e hídricos. Mas o bairro é cercado por encostas, com uma geografia íngreme e inúmeros topos de morro. Diante desse cenário, a FAEMA redobra sua atenção, com análise minuciosa de todas as questões ambientais, em qualquer tipo de obra aqui proposta.

Essa avaliação inclui o corte de vegetação, a distância do ribeirão, eventual poluição que possa causar e a movimentação do solo em trabalhos de terraplanagem. A movimentação de terra e o corte de vegetação merecem atenção redobrada. Tudo é analisado caso a caso, evitando assim grandes impactos ambientais e deslizamentos.

 

 

No apoio a comunidade, a FAEMA faz uma avaliação detalhada de cada obra e propõe condicionantes, as chamadas medidas mitigatórias. Com isso, empresas ou pessoas físicas interessadas em investir em obras, devolvem melhorias ao bairro, de maneira compensatória, como forma de causar o menor impacto ambiental e urbanístico possível.

 

 

Rua Ingo Hering

Perguntado sobre a polêmica obra da rua Ingo Hering, Eder manifestou sua preocupação com os impactos de uma obra desse porte. Recentemente, o próprio Shopping descartou a via, documentada em seu Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), desenvolvido para sua obra de ampliação.

A rua Ingo Hering passaria pela área lateral ao Parque São Francisco, trazendo ao Bom Retiro parte do fluxo do trânsito que circula pelo empreendimento. Sua saída seria nas estreitas ruas Francisco Knoch, Cuiabá e Victor Hering.

O presidente da FAEMA relembrou a importância do Bom Retiro por fazer divisa com o Parque São Francisco, uma área totalmente preservada que corresponde a quase 62 campos de futebol. Tem ainda uma extensa área de Área de Preservação Ambiental (APA), merecedora de proteção especial.

E destacou que a aprovação do condomínio que será erguido pela Comunidade Franciscana atrás do Shopping, como forma de contrapartida para permitir a doação oficial do Parque São Francisco. Na oportunidade, durante a reunião do Conselho Municipal de Planejamento Urbano (Coplan), a abertura da Ingo Hering voltou à tona. “Essa discussão foi retirada da pauta, por ser um tema de grande impacto, demandando o corte de muita vegetação e uma grade movimentação de solo”, acrescentando a importância de obras de mobilidade, mas é preciso ter um controle ambiental rígido em todos os aspectos envolvidos.

Reportagem e Locução: Giovani Vitória | Jornalista | Informe Comunicação | Editor do Viver Bom Retiro

Imagens e Edição: Raphael Guilherme Moser | Cinegrafista e Fotógrafo | Informe Comunicação | Viver Bom Retiro

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